PASSO A PASSO
Entre a fumaça que passa
e sonhos, ainda invisíveis,
tento encontrar equilíbrio
para meus dias sem rumo.
Faz tempo perdi o prumo
deste fio sem sentido,
a que me agarro espantada,
sem entender o motivo
de tantas escorregadas.
Tem rua larga e estreita,
outras sem eira, nem beira,
parecem no tempo paradas,
se foram na ribanceira.
Nesse trânsito eu me arrasto
tiritando ao relento,
no meu passo seco e gasto
a cada dia mais lento.