Agruras Adocicadas!
Massagem na mão, pulso duro, arrastro,
Telha que parte, caneta vazia, moedas,
Dura casca, lambadas pelas costas,
A veia nua salta no pescoço, áspera,
Garoa fina que seca a boca, angústia,
Nada adianta maldizer a sorte hoje,
Feros arremedos pelo peito ardente,
O lápis que cega a folha suja, voa,
Tempos em que a imprudência grita,
Cada batida em surdo repique,
Estoura o frisante bem gelado,
Portas abertas para novos centauros,
Tocar o pote pela ponta em Íris,
Alabardas que cravam tantas mangas,
Geração dos acasos & oportunistas,
Tão mal olhou que o pensar eclodiu,
Vinhetas malditas, restos alagados,
Sobras que não funcionam no ágora,
Sentiu o asco da repulsa alheia,
Travou com a montanha a maior luta,
A cara que o barro encobre ainda,
Na voz que vem das Cordilheiras,
Fotografias são fantasmas retratados,
Com um uivo saudou a Lua crescente,
Mandou o desespero procurar o inferno,
De lá, nem notícias mandar, oras...
Sobrou todo o tempo do mundo,
Mas, não tem ninguém que se possa perturbar!
Peixão89
29.12.2006