Providencial Silencio
Com o vento que passa levando a areia,
o chão repousa, onde a esfinge desguarnece.
Esculpida em rocha sólida, imóvel permanece.
Alheia a qualquer movimento,
desprezando o sorriso enigmático dos homens,
isenta de sentimento,
ignorando o sol que a queima.
Com a fisionomia serena, ela emana tranquilidade,
brilhando através da aura, dando d'ombros à vida que teima,
acalmando as pessoas e toda uma cidade.
O seu coração dorme ao som do vento que, apesar de forte,
não consegue desestruturar a pirâmide.
Seu segredo ainda continua guardado,
seu olhar buscando o horizonte
e ali, atras do monte,
seu falar permanentemente calado.