MONÓLOGO PRA CURTA VIDA

Na tenra idade buscava clareza,

Qual avareza de pouca sorte...

Não existe norte

Pra quem trilha diagonal

E nem todo o mal

Começa perto da morte.

Mais duro e com olhar longe

Vendia seus dias de monge

E comprava noites de menestrel,

Sonhava descobrir do véu

Daquela que imaginara ali

Vinda de não sei onde.

Não era triste ou carrancudo,

Tinha frases e boas risadas,

Passava tempos de passarada

E outros de muita labuta,

Sem contar sua breve história,

Bebia pra esquecer a batuta.

Na última hera sua

Não rangiu dentes esperando o fim,

Nem anjos serafins, nem belzebu de careta.

Apenas cumpriu a vida

Com consciência envaidecida,

Presunçoso, satisfeito... enfim.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 12/11/2011
Código do texto: T3332190
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.