A montanha do saber
Feches os olhos
Veras que continuaras vendo
Os teus poemas nascendo desde um vulcão interior
Sentirás com toda alegria
As folhas falantes de um outono
Exuberante que tudo desarmava e possuía
Capaz como as larvas de labirintar as tuas ínfimas palavras
Hipnotiza-las
Outono... Tu tens muito o que dizer
Com o despir das árvores.
Desenha em mim com o pincel dos meus olhos
O triângulo interior
Em ti a verdade
O belo nu e cru
A entrar por minhas duas faciais janelas
Como uma centelha de luz
A chegada tardia
Recebemos com toda alegria
Mesmo que seja
Símbolo de Demeter sofrimento
Que proporcionou a Perséfone conhecimento
Fim de uma grande e inesperada ilusão
Decolar e livre voar
Assim, somos como vemos a luz
Que não é a do sol
E sim, de uma cidade dentro de mim, gnóstica
Onde quero para sempre habitar
E saciar a minha fome de conhecer
Das duas montanhas pontudas diante de todo horizonte
Nasce aquele manancial - utópico?-
De onde emana o alimento doce, maternal, que me proporciona perceber
Que te dar a liberdade de seguir e perseguir desde tua manjedoura
Com folhas e romã multicor.
Acredito abrir os olhos vejo o horizontes
Desde de minha imaginada montanha- Gnoses-