*POEMA DO RETORNO*

Saindo estou de minha própria sombra

Onde de novos versos sementes lancei

Ainda falta de inspiração de mim zomba

Tímidos versos brotam onde os plantei

Palavras chamam, convidam e exigem

Bem as escuto, deste silêncio absurdo

Tentarei então compor novas imagens

Embora dentro em mim, sem voz, luto

Lentamente, um trôpego poema surge

Confusa mente, metáforas em reboliço

Pressinto que o tempo do retorno urge

Versejar me impede permanecer omisso

Versos surgiram de roldão, de assalto

Surpreenderam-me saindo do negror

Esguicharam estrofes como um jato

Atingiram-me, tirando-me do torpor!

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Estou, aos poucos, voltando...

Mesmo filho pródigo não sendo

Que bom, de novo no Recanto

Onde a mim tanto acrescento !

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gajocosta
Enviado por gajocosta em 12/11/2011
Reeditado em 24/08/2012
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