Tanto nada!
Uma insignificante e desastrada luz
Dissimula a parca lucidez que ouso.
Pergunto-me quem sou aqui e agora?
A resposta vem de pronto, assim: eu.
Mas, que espécie de eu sou nessa via?
Um azedume se arma contra esse ser,
Tão desastrado ansioso e avesso ao feio.
Contudo desatinada sigo e sem motivos,
Com essa alma desapegada e fugidia de mim.
Rosa por fora, cinza por dentro é o que digo.
Encosto, alma penada, espírito obsessor,
Quem me vê não me vê a mim, quem verá?
Um deslocado ser hostilizado, .... (complete você)
Perturba-me ainda somente a certa questão
Que poderia fazer valer um minuto de alento:
Porque tudo sempre termina assim?