Tanto nada!

Uma insignificante e desastrada luz

Dissimula a parca lucidez que ouso.

Pergunto-me quem sou aqui e agora?

A resposta vem de pronto, assim: eu.

Mas, que espécie de eu sou nessa via?

Um azedume se arma contra esse ser,

Tão desastrado ansioso e avesso ao feio.

Contudo desatinada sigo e sem motivos,

Com essa alma desapegada e fugidia de mim.

Rosa por fora, cinza por dentro é o que digo.

Encosto, alma penada, espírito obsessor,

Quem me vê não me vê a mim, quem verá?

Um deslocado ser hostilizado, .... (complete você)

Perturba-me ainda somente a certa questão

Que poderia fazer valer um minuto de alento:

Porque tudo sempre termina assim?

stelamaris
Enviado por stelamaris em 12/11/2011
Reeditado em 26/08/2019
Código do texto: T3330991
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