Versos antigos
Chove lá fora
E enquanto tudo chove, a minha alma em chuvas
Destila o tédio, as longínquas amarguras
Pela malvada esperança, minha estrela fugidia
Quando tudo torna em sombras,
E ensombreiam os horizontes
Só eu irei clamar em vão um sol ardente
E sobre a curva espêssa, alem dos montes
Me embriagarei de enfados, tristemente
E enquanto houver chuvas lá fora
Não hei de ouvir cantar o sino da aldeia
A musica que acalentava os meus dias de outrora
E só a amargura, esta miseravel companheira
Se servirá de mim na noite infinda,
Se não houver um anjo no inferno que me queira!