A flor surpreende a terra

Em displicente fogo azul

Transbordado sobre o sal

Feito versos auripurpúreos

Correm lições de aroma

Em ondas

Cantam sombras delicadas

De espectros adormecidos

Nas variações das chamas

Na alvorada de lábio

E pluma

Lá estão os poemas de areia

De olhar as pétalas anônimas

Desse endereço translúcido

Da casa onde a solidão nasce

Como a flor supreende a terra.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 11/11/2011
Código do texto: T3329567
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