MINHA ESTRADA
É, minha velha estrada...
Vejo você ai quase escondida
Pelas moitas, perenes capinzais...
Nos sulcos de seu traçado
Vejo um passo cansado
Que agora olha o que passou...
O andar decidido. Ora vacilante aqui chegou.
Na ilusão do futuro, o olhar no passado...
Vivendo o presente incerto...
Nos sulcos de minha face
Vejo mais do que se falasse
As marcas desse caminhar...
O olhar sereno. Ora vago e tristonho a meditar.
A eterna lembrança, como se quizesse...
Na velha estrada retornar...
É, minha velha estrada...
Vejo na longa distância, meus passos
Na poeira aos poucos se apagar.
Não sou perene como os capinzais....