LAMENTOS

Sou como tantos, simplório poeta,

Que inda ousa se encantar

E portanto cantar, as belezas

Das águas desse querido Piauitinga,

Que à duras penas,

Teima saciar a sede de tantas bocas,

Que não reconhece sua boa causa,

E suas margens desmata,

Quantas vidas ceifa?...

Em sinal de réquiem, essa denúncia

Busca ser ouvida por toda Justiça

Que de braços cruzados... silencia!

E , enquanto esse belo rio agoniza,

Juventudes transviadas

Se consolam em álcool e drogas,

Esquecem valores, sepultam a cidadania!

E falecem nas marquises, nos guetos, nas valas.

Mas, quem vive a esperança,

Entristecido, chora... e só lamenta!?...

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 10/11/2011
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