O LOUCO ALADO - POESIA DADAÍSTA
O LOUCO ALADO - POESIA DADAÍSTA
Caía caindo uma queda para cima
Como é o do meu país o seu clima
O corredor reto em espiral rolava
Eu no para-peito apenas voava
Voava?
Bolava?
Sentava?
Amava?
Se eu estava no para-peito, eu era estático
Não caia, pois da Santa eu era fanático
Minhas asas estavam torcidas e eram de papel machê
Elas me deixavam todo perdido a sua mercê
Diazepan!
Bromazepan!
Zolazepan!
Nitrazepan!
Quero um que me dê asas de louco
Que me tire do meu corpo, calabouço
Perdido eu vou descobrir o amor de Cervantes
Quixote era personagem ou eles eram amantes?
Dulcinéia quem era?
Miguel quem era?
Pancho quem era?
De La Mancha quem era?
Estou com amnésia alcoólica alada de anjo
Pelo amor de Deus tragam cerveja e o banjo
Vou me lançar de minha sacada
E voando vou achar uma namorada
Fui!!!!!
Andre Zanarella 31-08-2011
Dadaísmo= Movimento de protesto nas artes