vida alheia
Chuva cai sobre o teto;
Faz uma nova canção;
Pela janela de madeira ;
Corre como uma multidão.
Soa o som da noite;
Convidando a lua para dançar;
Boêmia é a donzela;
Que vejo passar.
Suas curvas combinam com o cinza da noite;
Seu andar é meio agressivo;
Teu olhar é sigiloso;
Mulher,menina caminha com um gesto generoso.
Ó pequena ,ruiva morena;
Grande e sempre querida;
Desfila pela rua de pedra ;
Em meio a chuva fina .
Janela de madeira;
Quieta,faladeira;
Sempre vendo o alheio;
E ficando com olheiras.