A terceira margem

Em sonhos te vejo à luz do sol,

mas também,

te vejo em frente ao rio olhando o nada!

Se pudesse dizer...

Como um espectador,

O que teria a dizer!

Talvez, todas as lembranças de minha vida.

Não caberiam em meu ser

Ser amado, que posso ter sido;

Ou, poderei ser amada ao amado presente

Que torna as margens mornas tocadas por meus pés

Ao infinito, entrego meu ser,

Ser amado, por ser amada.

Sendo o que, para desfrutar do amor na outra margem.

Quando chego à margem, de meu ser.

Olho em minha alma, o que ser sem ela?

Serei Nereida, serei escrava, serei mulher?

Serei o outro lado da margem...

Margem morta na vida carnal, viva na memória de meu ser.

JorgeBraga
Enviado por JorgeBraga em 09/11/2011
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