A terceira margem
Em sonhos te vejo à luz do sol,
mas também,
te vejo em frente ao rio olhando o nada!
Se pudesse dizer...
Como um espectador,
O que teria a dizer!
Talvez, todas as lembranças de minha vida.
Não caberiam em meu ser
Ser amado, que posso ter sido;
Ou, poderei ser amada ao amado presente
Que torna as margens mornas tocadas por meus pés
Ao infinito, entrego meu ser,
Ser amado, por ser amada.
Sendo o que, para desfrutar do amor na outra margem.
Quando chego à margem, de meu ser.
Olho em minha alma, o que ser sem ela?
Serei Nereida, serei escrava, serei mulher?
Serei o outro lado da margem...
Margem morta na vida carnal, viva na memória de meu ser.