É D E N
Nas areias antigas do sonho,
o meu passo passa leve
pra não despertar meus fantasmas
que, ainda, adormecidos,
se quedam em calma, no olvido,
escondidos atrás de máscaras.
No deserto, sol a pino,
eu busco o anjo divino
pra me indicar o portão
que dá acesso ou, se não,
construir, talvez, meu hino.
Passo firme, passo livre,
caminhando sem deslizes,
nada mais me prende a mim.
Não é fim,
mas o começo
dessa história que padeço:
criei meu próprio jardim.