De tudo um louco
As palavras muitas, a gente um só,
ponto sem nó, teia de poetas,
direito muito esquerdo, nós canhestros,
destinos incertos dos suicidas das palavras.
Nós larvas, comemos do húmus do passado
trespassado pela falta de chão do futuro.
Castelo sem muro, campanha do poema
contra a vida morta do mundo.
E por clique do destino, lá estava quando vi:
Pedra no meio do caminho do meio do meu fim.
De chinelos a amores tudo pode ser a musa
que usa de tom e cores, por vezes vozes chiusas
pra falar, deixar medusas as peles de las leituras.