Falso Soneto De Paixão
Eu amo alguém
Sem saber se esse alguém me ama
Essa dor de incerteza
Dilacera qualquer
O peito me aperta
Me deixa vão, não se acerta
Vago, não manso
Não me deixa o descanço
Platônico? Atônito.
Humilde e afoito
Larga-me as pedras, perante as ondas
Sentimentalista, anuncia o desespero
O ódio, esse estrangeiro
Que atinge a mim, apenas a mim!