Ao longo dos anos

Eu vejo ao longo dos anos

Tornamos-nos só poeira

De tudo aquilo que fomos

Mas também nos renovamos

Alguns melhoram, outros pioram, alguns se estagnam

E nesse ritmo seguimos a poucos passos do fim

Não sei se isto é bom pra você

Mas tanto faz para mim

Eu busco no efêmero da poesia a beleza da eternidade

Ao longo dos anos, caímos e levantamos

Só para cair de novo, e de novo e de novo

O que muda são as regras do jogo

Nos curtos anos dessa minha efêmera existência

Aos poucos tomo consciência

Da triste condição humana,

Da tristeza que emana

Das sombras de nossa alma

O que ainda me acalma

É saber que ainda lutamos

Por todos aqueles que amamos

No entanto relutamos, em mostrar toda beleza de nossos sentimentos

Gritar a todo o momento: A vida é bela

Ao longo dos anos buscamos com muito ou pouco sucesso aquilo que nos torna únicos

O que buscamos além da suprema felicidade

É o amor e a generosidade, que um dia nos fez um povo.