Estranheza
E dessa estranheza
Em que me percebo
Determino condições
Para uma reação em cadeia.
O labor por minhas mãos
Ora produzidos
Desenvolvem-se por si só
Mecanicamente
Sem que o interfira
No plantio
Dessa minha ora não razão.
Meus passos, alheios
Vão sortidos e sem finalidade
Não esperam por nada
É apenas um absoluto estranhamento
Desse tempo não comum.
E nesse embalo
Onde falta-me uma metade
Já não respiro saudade alguma
Nem esperança alguma
Sou só e apenas um aparte
Entre os dias que ficaram para trás
E os que me esperam
Depois da noite.
***imagens google***