O ESTRANGEIRO

Sou um estrangeiro no meu ser,

que sem ter lugar vaga a esmo.

Não me encontro em lugar algum,

vivo a procurar-me em mim mesmo.

Cada vez que me olho não me vejo,

um estranho habita minha alma,

residindo-me a seu bel prazer,

e o meu eu recluso bate palma.

Vivemos em conflito, ambos, e os dois,

não se conhecem na mesma pessoa.

Acusa-me de estrangeiro, ora, pois,

nós não nos aceitamos numa boa.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 07/11/2011
Código do texto: T3321425
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