O JOGO

A vida no jogo

Da vida que se joga

Pela porta que parte

Enquanto parte na vida

Pelo jogo da sobrevida

Tocando tantos instrumentos

O que se perde em lamentos

Pelo que não se jogou

Jogando para fora, dores

Das dores que se ganha na vida

Enquanto nada se faz

São feitos os jogos que seduz

Sedução pelo desconhecido

Conhecendo e sendo jogado

Nas sarjetas que se encontram

As pequenas moedas que se jogam

Descartes de uma vida sem critério

Pelo crédito de ter uma pequena vida

Jogadas por todas as notas

Notando o tempo que se passa

Enquanto o passado bate na cara

Com o presente cobrando o futuro

Jogando em um canto qualquer da sala

Quando toca a minha música

Que joga o prazer de lado

Pelo lado que me pede, só pede

Pedindo para manter a mesmice

Com medo de jogar o futuro

E na alvacenta manhã

Jogo a esperança que recolho

Na âncora que levanto

Para singrar por esses mares

Repartindo as águas

Pela nau escura que me joga

Sempre para frente

Atrás de um novo dia

Do Porto de partida

Jogamos rosas no mar da tarde

Enquanto a noite me espera

Noturno de outras floradas

A outra solidão me toma pela mão

Como o olhar que brilha naquela estrela.

Mas nunca tive medo de ser feliz!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 12/07/2005
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