ceifadora sombria

agora que já estou aqui,

quase caída,derrubada,

esquecida,danificada,

pelo amor amargo

que você diz ter sentido

por mim.

e agora o que restou de mim,

esta ceifadora sombria,

jaz na beira de um penhasco,

qual rosa murcha,

quase totalmente despetalada

ao hálito doce

desse puro ódio

que você despertou em mim.

e tudo o que espero

é que você realmente tenha

me esquecido hoje,

pois toda a dor

com que você me afagou

me abandona aos poucos,

como sombra ferida

que se arrasta em fuga

de uma doce luz predatória,

que foi o seu amor

a me machucar sempre e sempre.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 06/11/2011
Código do texto: T3321243
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