Outra primavera sem você

Nessa floresta de sonhos

Vivo a reprise de nosso amar

Na lembrança incontida em gomos

Dos frutos mais belos daquele pomar

A terra sempre úmida por meu pranto

Traz saudades nunca acalanto

O vento que sopra não refresca

Abrasa ainda mais a espera

Os aromas dessas flores

Faz brotar meus dissabores

As pétalas caem esquecidas

Adubando em mim cenas vividas

Jardins, florestas e pomares

Tudo em um mesmo quintal

Da primavera que fomos

Em nosso terreiro sentimental

A semente ainda deseja

Nascer, florescer, ser flor

Minha alma descompassada almeja

Findar a latência de nosso eterno amor.

Pedra Mateus

Poema despetalado em 22 de setembro de 2008.

André Fernandes e Pedra Mateus
Enviado por André Fernandes e Pedra Mateus em 06/11/2011
Reeditado em 09/11/2011
Código do texto: T3319776
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