FAVELA, MEU DOCE LAR

Abram os olhos para a favela,

venham ver que a fome é bela,

que frondosa silhueta,

e morrer não é tão feio

para quem vive dentro dela,

chafurdado na sarjeta.

Às vezes não se tem porta,

noutras não se tem janela,

mas quem é que se importa,

ninguém liga para a mazela.

A indiferença é tanta,

que quanto mais se agiganta,

mais se sente amor por ela.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 05/11/2011
Código do texto: T3318020
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