FAVELA, MEU DOCE LAR
Abram os olhos para a favela,
venham ver que a fome é bela,
que frondosa silhueta,
e morrer não é tão feio
para quem vive dentro dela,
chafurdado na sarjeta.
Às vezes não se tem porta,
noutras não se tem janela,
mas quem é que se importa,
ninguém liga para a mazela.
A indiferença é tanta,
que quanto mais se agiganta,
mais se sente amor por ela.
Saulo Campos - Itabira MG