FANTASIA

Bendito o coito
que no chão maduro
habita o corpo,
inda que afoito...

E torna homem em menino
na noite marginal,
tal qual no primeiro sêmen
acre-lírico, de tão acrílico...

Na sensação de quem se ri
e até chora de tanto rir do ir e vir.
inda que com pressa nessa façanha, 
que se perde em sua sanha...

Tanto que em si crava-se
no coração, o alvo, 
com seu próprio dardo,
e, ainda assim, sonha...

Não se alquebra, inebria na relva
a fazer-se dessa moita,
sua própria seiva na selva
na lavra de sua própria cria...

E lá no céu,
a Lua ao léu
é toda sua fantasia!
Necas de ser o réu...

(Interação com Cavenatti, em seu poema "COITO").
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 04/11/2011
Reeditado em 08/11/2011
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