Vivo em constante mutação,
caminhando sobre o vento,
ladeada pelo tempo...
Que aturde e sufoca.
Sinto-me a beira do final.
Vislumbro o precipício e pendo,
Pergunto-me
Ainda haverá tempo?
Nada escuto nenhuma resposta.
Somente o zumbido do passado,
Ecoando no presente,
Dando assas ao amanhã que
Pelo espelho da vida vejo,
Que não sei se pra mim virá...
Vestida de morte e vida,
Presença e saudade.
Incerta, fico a espreita.
Sirvo a mesa com fartos pratos.
Falo, canto, danço, sorrio, disfarço...
Até o dia em que a danada,
Findando sonhos, chegar.