Reflexões de um anti-herói
Nunca quis ser eu,
mas nunca consegui ser outro. Isso deu
uma baita neurose. Não entendeu?
Nem eu, também. Loucura pura,
e ainda tem gente que me atura...
Quis ser mocinho,
mas era mais torto que direito;
quis ser bandido, mas não tinha muito defeito;
fiquei no meio, não houve jeito.
Mas o pior é que todos gostam de heróis
e o meio-termo nunca é bem aceito...
Nunca quis envelhecer,
mas como a outra opção seria morrer,
fui obrigado a velho ser.
Chato isso, hein?
Meu inaceitável insiste em acontecer...
Amei muitas mulheres,
nenhuma era a certa,
por causa disso, me tornei poeta.
Ou somente um pateta
fazendo versos? Como hei de sabê-lo,
se branco já ficou o meu cabelo?
Nunca quis ser eu,
mas nunca consegui ser outro. Isso deu
uma baita neurose. Não entendeu?
Nem eu, também. Loucura pura,
e ainda tem gente que me atura...
Quis ser mocinho,
mas era mais torto que direito;
quis ser bandido, mas não tinha muito defeito;
fiquei no meio, não houve jeito.
Mas o pior é que todos gostam de heróis
e o meio-termo nunca é bem aceito...
Nunca quis envelhecer,
mas como a outra opção seria morrer,
fui obrigado a velho ser.
Chato isso, hein?
Meu inaceitável insiste em acontecer...
Amei muitas mulheres,
nenhuma era a certa,
por causa disso, me tornei poeta.
Ou somente um pateta
fazendo versos? Como hei de sabê-lo,
se branco já ficou o meu cabelo?