Como uma Masúpias agreste

Quando abri os meus olhos

Vi-te ao meu corpus

Como a minha prolongação

O carregava como aquela

Negra Cunhã Mucama

Eras parte do meu corpo

Minha pele aquele pano retangular

Resistente. Me encurvo. Ponho-te nas espinhas

Enrrolo e amarro ao meu e ao seu redor

Como aqueles ágeis mães africanas

Tu amas está ai

Te sentes protegido

E acolhido no marsúpio

E alimentando do líquido

Que emana do meu corpo

Para manter-te e dar-te vida

Como uma Masúpias agreste

Te alimento e te protejo

Até que possas defender-te

Só. Como uma Masúpias transporto-te

De canto a canto.

Remonto-te

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 03/11/2011
Reeditado em 03/11/2011
Código do texto: T3315743
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