Adeus ficticio

A todos que se importam e aos que fingem se importar

para todas as boas e más mentiras

aos hipócritas e ignorantes por natureza

amores que tive e pensei ter tido

mentirosos compulsivos, aos amigos mascarados

Me despeço de toda natureza humana

junto com seus odiosos dogmas

na esperança de ser reconhecido após minha ida

deixo meu corpo vazio para alegria de muitos

e tristeza de uma ou duas semanas de outros

Enfim apodrecer e ser devorado por vermes de outras espécies

não serei esquecido com o tempo, pois já fui

sou aquele que pagou pelos próprios erros

e pelos erros dos outros

Sou o Cristo maldito que morrerá em vão

no meu fim gritarei o nome de amigos

assim como tantas vezes chamei o nome de deus

receberei o silencio em resposta

Tentei curar minhas feridas na escuridão

abraçando cada vez mais essa solidão

mas não há luz lá, só o escuro e o vazio

o não ser, não haver

A medida que o sangue escorre e a vida se vai

ouço uma música silenciosa

mas as resposta que tanto procuro não são cantadas nela

danoutsider
Enviado por danoutsider em 03/11/2011
Reeditado em 04/11/2011
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