A maldade
A alegria é a canção,
que incomoda a alma,
o batimento do coração,
do malfeitor que vaga
sobre a superfície da terra.
Todos devem perecer,
apenas os meus sonhos,
devem prevalecer.
Afinal a vida,
serve a um senhor.
O pobre deve vagar
para a carruagem passar.
Apenas o bar e o dinheiro
são o canteiro do
sentimento de poder e ódio.
O ouro é a minha bandeira
colorida e tremulante
onde o poder da vingança
se sobrepõe a inocência.
Maldade, maldade,
tráfico de influência
os humildes vou vencer
para o bar prevalecer.
Deus, mera ficção
que não resiste
aos cofres dos fregueses,
com os seus belos roupões.
Mas, afinal onde estou,
tudo é vermelho e sem cor.
Onde está o euro,
o meu licor,
a pinga multicor.
O que foi isso?
O inferno chegou.
Como um superior
aqui adentrar.
Tudo era um mito
na vida pequenina.
Não passo de um maldoso
um ébrio louco despedaçado.
Tu és o senhor,
o verdadeiro protetor.
Os humildes vencem,
os maldosos gritam
no inferno latente
com o caldeirão quente.
Piedade, piedade
senhor poderoso.
Estou arrependido,
acreditei nas rapinas.
Agora sou peregrino
no deserto bizantino
acorrentado a um destino
triste e sombrio.
No céu, os bons,
no inferno,
os que ferem a justiça,
a paz e a verdade.
Na mansão dos justos,
os puros de coração,
seguidores das leis
fiéis da oração.
Texto originariamente produzido em 04/01/03,devidamente registrado, e publicado neste site em 29/12/2006.
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