A Madrugada dos Boêmios
No silêncio da madrugada
o barulho da escuridão.
Cantos de seus viventes
(violas e violões)
que amam na calada da noite
o grilo cricrila continuamente
tanto que esquece a razão
o galo rufla suas asas
como quem bate nas faces
de outro para acordá-lo
Ecos que retumbam
Aqui. Ali. Acolá
em um contínuo repassar.
o cão late quando Hécate passeia
Tantos sons pela madrugada
Canções que a tornam peculiar
Sinfonia que faz adormecer
A Noite é Vida
ou será a Morte
disfarçada
Boemia, tema de canção,
Veneno servido em taças de cristal
Que os românticos degustaram
Sem dar conta do vinho que saborearam.
Se eu pudesse trocaria as tardes pelas noites!
O vampiro tem que estar com a estaca no coração.
L.L. Bcena, 15/06/2000
POEMA 524 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.