Bicos-de-papagaio
Em meio a tanto azul do céu
flores altaneiras
vermelhas
falsas
Brácteas que são.
Línguas sanguinárias que disseminam calúnias
Saem de diminutas bocas amarelas
Miolos
Lobos
Bicos-de-papagaio
Vermelhura que colore o fundo do jardim
E tingem o inverno nos trópicos de escarlate
Línguas rubras
Jubas de leões
Tiras que dançam ao ritmo de frias brisas.
Encantam pela púrpura.
Rosas despetaladas
Bicos-de-papagaio
Parasitas e Predadores
(um ao lado e outro na esquina aproveitando a oportunidade)
F.O.L.H.A.S.
Línguas de Esperança.
L.L. Bcena, 20/06/2000
POEMA 523 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.