Bicos-de-papagaio

Em meio a tanto azul do céu

flores altaneiras

vermelhas

falsas

Brácteas que são.

Línguas sanguinárias que disseminam calúnias

Saem de diminutas bocas amarelas

Miolos

Lobos

Bicos-de-papagaio

Vermelhura que colore o fundo do jardim

E tingem o inverno nos trópicos de escarlate

Línguas rubras

Jubas de leões

Tiras que dançam ao ritmo de frias brisas.

Encantam pela púrpura.

Rosas despetaladas

Bicos-de-papagaio

Parasitas e Predadores

(um ao lado e outro na esquina aproveitando a oportunidade)

F.O.L.H.A.S.

Línguas de Esperança.

L.L. Bcena, 20/06/2000

POEMA 523 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 03/11/2011
Código do texto: T3315137
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