D E S A M O R

Nem sempre o mal se faz e aqui se paga

Caso o há ele passa sem castigos;

Soberbo, como a vigorosa vaga,

O malfeitor atrai mais inimigos.

O egoísmo povoa-lhe a mente

Escraviza-lhe a confusa razão,

Corrompendo maliciosamente

O doloso e insensato coração.

Iludido de ser o maioral,

Repele o inconsolado semelhante

Negando-lhe migalha fraternal

De forma destrutiva e arrogante.

Desfeito o laço prendedor da alma

Esta eleva-se à nova existência

Sendo passível de severo trauma

Pelas imperfeições da consciência.

Quanto mais cedo for o entendimento,

Do desamor na terra praticado,

E o consequente arrependimento,

O seu suplício será amenizado.

A soma das virtudes prevalece

A prática do bem tem recompensa

O “Amai-vos uns aos outros” fortalece

Na hora da inequívoca sentença.

Ambrósio Henrique
Enviado por Ambrósio Henrique em 03/11/2011
Código do texto: T3314868
Classificação de conteúdo: seguro