a solidão da flor

acordou cansada

coberta de suor do sonho

sucumbida

sozinha

invadida

ele entrava sempre assim no seu sonho

sorrateiro

e quando ela acordava

ele já tinha ido

não deixava rastro

só o corpo dela doído

exausto

guardando ainda um resto de desejo

mais nada

não deixava adeus

não deixava beijo

só calor

só pavor

tremor

e as vezes a solidão da flor

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 03/11/2011
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