Os tímpanos vibram quando amam.
Porque não dizemos adeus
As hierarquias
E nos entregamos
Sem pensar a experiencia
Que é amar, amar, amar...
Alçar voou como aquela andorinha
Disposta a fazer vários verãos?
Nos despimos satiricamente
Da hipocrisia.
Fecho os olhos
E sinto o inverno chegar
Com sua bicicleta
Jactancioso
Perene
Espalhando sua sublimação ilusória
Não poderão mais seguir nem perseguir
Já que a vida é única
Não nos encontraremos
Em outras encruzilhadas
Eu sei que agora
Gostaria de dizer
Que infinitamente amas.
Os tímpanos vibram
Comunicam-se com a cóclea e cérebros
O que devem escutar
Se calam por não poder
Proclamar e dormem
Na esperança que a boca
Tenha a necessidade de falar.
Quando amam.