Os tímpanos vibram quando amam.

Porque não dizemos adeus

As hierarquias

E nos entregamos

Sem pensar a experiencia

Que é amar, amar, amar...

Alçar voou como aquela andorinha

Disposta a fazer vários verãos?

Nos despimos satiricamente

Da hipocrisia.

Fecho os olhos

E sinto o inverno chegar

Com sua bicicleta

Jactancioso

Perene

Espalhando sua sublimação ilusória

Não poderão mais seguir nem perseguir

Já que a vida é única

Não nos encontraremos

Em outras encruzilhadas

Eu sei que agora

Gostaria de dizer

Que infinitamente amas.

Os tímpanos vibram

Comunicam-se com a cóclea e cérebros

O que devem escutar

Se calam por não poder

Proclamar e dormem

Na esperança que a boca

Tenha a necessidade de falar.

Quando amam.

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 03/11/2011
Código do texto: T3314103