Desenhando lágrimas
Eu estou vivo,
No dia dos mortos
Recortando lágrimas vermelhas de sentimentos,
Na lápide medonha de um epitáfio...
Mesmo delirando seu nome deliberadamente,
Jamais a traria de volta da mesma maneira!
Jamais degustaria novamente sua gostosura
Através de grandes travessuras...
Mais enquanto mantiver
Este olhar constante,
No seu jeito repugnante
Embaixo do calor,
Do seu sol prepotente...
Estarei vivo...
Abriria mão da eternidade
Por um prazer curto cotidiano?
Antes que a noite caia,
E venha uma saudade sortida,
Calada,
Durante uma madrugada...
Cem anos?
Apenas uma vírgula,
Na passagem da humanidade...
Para um lugar tranqüilo,
Com pouco barulho
E muito sossego para toda eternidade...
Obrigado!
Que esse coração continue turbinado,
Borbulhando sangue de ansiedade
Através de uma estrada sem curvas,
Onde a imensidão do infinito se finda
Debaixo de nuvens negras...
Portadoras de tempestade...
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