Desenhando lágrimas

Eu estou vivo,

No dia dos mortos

Recortando lágrimas vermelhas de sentimentos,

Na lápide medonha de um epitáfio...

Mesmo delirando seu nome deliberadamente,

Jamais a traria de volta da mesma maneira!

Jamais degustaria novamente sua gostosura

Através de grandes travessuras...

Mais enquanto mantiver

Este olhar constante,

No seu jeito repugnante

Embaixo do calor,

Do seu sol prepotente...

Estarei vivo...

Abriria mão da eternidade

Por um prazer curto cotidiano?

Antes que a noite caia,

E venha uma saudade sortida,

Calada,

Durante uma madrugada...

Cem anos?

Apenas uma vírgula,

Na passagem da humanidade...

Para um lugar tranqüilo,

Com pouco barulho

E muito sossego para toda eternidade...

Obrigado!

Que esse coração continue turbinado,

Borbulhando sangue de ansiedade

Através de uma estrada sem curvas,

Onde a imensidão do infinito se finda

Debaixo de nuvens negras...

Portadoras de tempestade...

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 02/11/2011
Código do texto: T3313265
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