O abandono.

Na solidão dos ventos das frias madrugadas,

no escuro das noites eternas de lençóis amarfanhados,

no silêncio da alma vazia, quis fugir.

Não mais ficar no âmago da dor

e sair em busca do horizonte...

Apenas a essência iria embora,

o que sobrou, os restos da mesa farta e barulhenta,

ora despida de pratos e gentes, ficaria.

Em si não mais cabia.

Abandonou-se.

Acompanhada da sombra

levou mágoas, dores e desesperanças.

Perdida ficou no limbo dos fracassados.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 02/11/2011
Código do texto: T3312657
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.