A tarde no sertão
A tarde no sertão
Na estrada poeira levanta
Cobrindo a boiada de pó
E o sol castigando e queimando
As nossas pastagens ao lado
Um boiadeiro suado,
Montado a cavalo
Tocando a boiada
E cantando assim:
Está caindo a tardezinha
No sertão
Chego cansado
E meu desejo é repousar
A natureza me obriga contemplar
Esse cenário
Que beleza
Que vontade de chorar
O sol se vai
A noite vem
O céu azul me faz sonhar
Estrelas mudam
Ofuscando o meu olhar
Quem não conhece
O meu sertão
Não custa nada visitar
Vem ver que lindo
ouvir os pássaros cantar
A noite cobre
Com seu manto transparente
Toda paisagem exposta ao luar
Meu violão
Meu companheiro
A madrugada vai chegar
E junto dela um sol amigo vai brilhar
Um sertanejo apaixonado
Faz da vida uma canção
Traz no peito a sua dor
E nos braços um violão.
Antônio Aparecido Tomaz-Erci de Oliveira-Ednéia da Silva Tomaz e Silva