NECRÓPOLE
Entre os ciprestes
os espinhos
e os ninhos.
Pássaros sobrevoam a cidade da saudade.
E as borboletas
rubras,
em dobras
pretas,
alçam,
perpassam
as murchas flores
incolores,
necrópole fim dos amores,
portão para a eternidade.
E nada há que contente
o vivente,
imerso no pranto vertente
vagando na mediocridade.
Hermílio
LIMIAR DO TEMPO
É tarde.
Estou no limiar do tempo;
entre o ontem, o hoje e este momento,
curvado à solidão e ao tédio,
no umbral do sofrimento.
Vela-me a silenciosa voz do vento...
Soturnamente a morte faz-me assédio.
Rival da vida,
ela age escondida.
E nesse duelo riso e pranto,
desafio, desencanto,
no qual a existência se isere,
assim falou Tartiére
ao que se resume a vida [e a sorte]
à tragicomedia: a busca pela Felicidade
e a ciência do fim,
ou seja,
a Morte.
*Republicados.
Entre os ciprestes
os espinhos
e os ninhos.
Pássaros sobrevoam a cidade da saudade.
E as borboletas
rubras,
em dobras
pretas,
alçam,
perpassam
as murchas flores
incolores,
necrópole fim dos amores,
portão para a eternidade.
E nada há que contente
o vivente,
imerso no pranto vertente
vagando na mediocridade.
Hermílio
LIMIAR DO TEMPO
É tarde.
Estou no limiar do tempo;
entre o ontem, o hoje e este momento,
curvado à solidão e ao tédio,
no umbral do sofrimento.
Vela-me a silenciosa voz do vento...
Soturnamente a morte faz-me assédio.
Rival da vida,
ela age escondida.
E nesse duelo riso e pranto,
desafio, desencanto,
no qual a existência se isere,
assim falou Tartiére
ao que se resume a vida [e a sorte]
à tragicomedia: a busca pela Felicidade
e a ciência do fim,
ou seja,
a Morte.
*Republicados.