MINHA PENITÊNCIA

Para me penitenciar abro os braços

À sombra do Redentor

Até me apaixonar

Ah, vou sucumbir

Te acalmar

Com meus beijos, com o extintor

Vou expiar tuas coxas

Tua nudez sexy

Pelo cantinho do cobertor

Vou mergulhar dentro dela

Banhar com seu líquido

Suor

Salivas

Belas pernas, bustos

Minha vontade, meu torpor

Sair de mim e ir

Voar

Correr dentro do vento

Dos quadris tatuados

Cadenciando teu movimento

Depois do amor

Há uma letargia

Um longo silêncio

Se ela pedir novamente

Ah, deixa-me ler os Vedas

Sem parar esse orgasmo

Entrar numa transe lenta

Perder-me na boca de Shiva

Cuspir em tua boca sedenta

Arranhar tuas costas e deixar

Minha marca

Na parte mais proeminente.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 01/11/2011
Código do texto: T3311026
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