Enquanto Escrevo...
Enquanto Escrevo...
Hoje não quero fazer poema triste...
Minha mente teimosa resiste...
Não me quero apartada do amor...
Um avião decola e me avisa:
Talvez, num deles estejas...
Minha saudade não põe mesa
Estou com uma fome atroz!
Perco a voz no pranto contido...
A música vem em meu auxílio:
Ouço Vinicius no som do computador.
Enquanto escrevo, Maria Creuza canta:
“Não posso esquecer o teu olhar
longe dos olhos meus”
Assim a noite passa,
Com a chuva de verão...
O tempo quente anuncia
Que o sol virá, sem perdão,
Pra quem está no inverno...
Recorro aos poemas.
No Recanto há letras
De pessoas como eu
Que dão saltos mortais,
Voam nos trapézios do amor
Andam com uma perna só,
Sem ser pernetas,
Quando querem driblar a dor...
Nesse recanto somos todos humanos,
Ou super-homens de plantão.
Mulheres Cinderelas, lindas
Ou Marias-belas de forno e fogão.
Assim a tristeza passa
E meu verso se transmuta.
Quero alegria e vida
Não quero dar guarida a dor!