CELESTIAL PRANTO
                     
Fernando Alberto Couto


             Quando a chuva vem suave
          no silêncio da madrugada
          e pela calçada a brilhar,
          de emoção o poema envolve
          a Lua, qual mãe preocupada
          com  alguma estrela a chorar.


          No jardim, mosaico de flores,
          a quietude domina suprema
          sobre a natureza inerte.
          Gotas são bálsamo pra dores
          que transmutam em poema
          e o mal em alegria se converte.


          Enquanto rola triste, pelo chão,
          aquele celestial pranto
          encontra, de forma discreta
          e através de pura inspiração,
          o mais fascinante encanto
          que germina na alma do poeta.


                                  SP – 31/10/11 

 
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Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 01/11/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3310570
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