Espera a espera
Gaia feliz chora lágrimas de rancor,
purificação ardente do interno desamor
a deus e ao mundo, seus filhos.
Nós, filhos da terra, pedimos permissão:
omissão do desejo de cantar a sinfonia pluvial
fractal fragmentada do caos, este pierrot
estapeado por seriar a continuação
da tragicomédia shamânica de boas vindas.
Bem-vindo ao nada, o nada é tudo
que a ti resta, professor-poeta das sombras de si mesmo!
A musa-névoa dissipa-se nos primeiros verbos:
Musa eternamente etérea, essa tua sina esta.
Mas espera, suicida, espera tu, que é poeta!
Espera que o canto vem nos próximos versos.