FANTASIAÇÃO

Num eterno cicio
Num continuo erotismo
Numa lidima rima
Numa bruma opaca
Eu vago à toa
E deságuo na lagoa
Corpo a corpo
Num coito louco
Com égide abrupta
Que fascina a cuca
Que confunde a retina
E tal como uma menina
Me ensina o que é o amor
Sem pranto, sem dor e com calor
Durante o frenesi
Ficamos despercebidos
E até meio invisíveis
Não dando pra descobrir
Se é ninfa ou sereia
Ou musa confusa difusa
Não obstante é gostoso demais
Esse contato constante
Tato a tato e intacto
De amasia e amante
Numa efusão desenfreada
Usufruindo do calor corporal
Circunspecto e anexo
Numa orgia semifria
Quase agonia que arrelia
Ou uma simples fantasia
Latente dentro de mim.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 31/10/2011
Reeditado em 24/09/2012
Código do texto: T3309833
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