[Estação da Felicidade]
A Felicidade não é um estado;
é uma Estação de breves tempos!
Ali, na extensa gare ainda vazia,
um pouco antes de acontecer a Revelação,
a Prelibação, de mãos dadas com a Espera,
coloca-me em estado de ansiedade elástica...
vai e vem, vem e vai... enquanto o vento
agita as pequeninas flores do campo
e os capinzais à margem dos trilhos.
O tempo dos trens acabou-se,
agora a gente divisa só a linha vazia...
Ah, que pena eu tenho de quem nunca esperou
e sofreu na gare vazia da Estação da Felicidade!
[Penas do Desterro, 31 de outubro de 2011]