Guarde de mim a palavra que não disse
E todos os absurdos do silêncio que tive
E que tive que fazer mesmo sem querer
A idéia de um futuro que nunca predisse
A memória dos lugares em que não estive
Guarde-se do que ainda tenho que dizer
Guarde que tive que me fazer mais triste
E do que fui quando mais vazio do que posso
Desse troço bem aqui enroscado na garganta
Dessa vontade dum grito que ainda persiste
E de tudo quanto existe e não é mais nosso
 
Sobretudo guarde-se de que se eu quisesse
A distância entre nós não seria o que parece...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 31/10/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3308549
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