Vadio de uma jornada perpétua,
Meus sinais são uma capa de chuva e sapatos
confortáveis e um cajado arrancado do mato;
Nenhum amigo fica confortável em minha cadeira,
Não tenho cátedra, igreja, nem filosofia;
Não conduzo ninguém à mesa de jantar
ou à biblioteca ou à bolsa de valores,
Mas conduzo a uma colina cada homem e mulher
entre vocês,
Minha mão esquerda enlaça sua cintura,
Minha mão direita aponta paisagens de continentes,
e a estrada pública.
Nem eu nem ninguém vai percorrer essa estrada para você,
Você tem que percorrê-la sozinho.
Não é tão longe assim... está ao seu alcance,
Talvez você tenha andado nela a vida toda e não sabia,
Talvez a estrada esteja em toda parte, sobre a água
e sobre a terra.
Pegue sua bagagem, eu pego a minha, vamos em frente;
Toparemos com cidades maravilhosas e nações livres
no caminho.
Se você se cansar, entregue os fardos, descanse a mão macia
em meu quadril,
E quando for a hora você fará o mesmo por mim;
Pois depois de partir não vamos mais parar.
(tradução de Geir Campos)
Texto original:
I tramp a perpetual journey,
My signs are a rain-proof coat, good shoes, and a
[ staff cut from the woods; 1200
No friend of mine takes his ease in my chair;
I have no chair, no church, no philosophy;
I lead no man to a dinner-table, library, or
[ exchange;
But each man and each woman of you I lead
[ upon a knoll,
My left hand hooking you round the waist,
My right hand pointing to landscapes of
[ continents, and a plain public road.
Not I—not any one else, can travel that road
[ for you,
You must travel it for yourself.
It is not far—it is within reach;
Perhaps you have been on it since you were born,
[ and did not know;
Perhaps it is every where on water and on land.
Shoulder your duds, dear son, and I will mine,
[ and let us hasten forth,
Wonderful cities and free nations we shall fetch
[ as we go.
If you tire, give me both burdens, and rest the
[ chuff of your hand on my hip,
And in due time you shall repay the same service
[ to me;
For after we start, we never lie by again.
&&&
Whitman, Walt. Folhas de Relva. Seleção
e tradução de Geir Campos. Ilustrações de
Darcy Penteado. Ed. Civilização Brasileira.
Rio de Janeiro, 1964.
Meus sinais são uma capa de chuva e sapatos
confortáveis e um cajado arrancado do mato;
Nenhum amigo fica confortável em minha cadeira,
Não tenho cátedra, igreja, nem filosofia;
Não conduzo ninguém à mesa de jantar
ou à biblioteca ou à bolsa de valores,
Mas conduzo a uma colina cada homem e mulher
entre vocês,
Minha mão esquerda enlaça sua cintura,
Minha mão direita aponta paisagens de continentes,
e a estrada pública.
Nem eu nem ninguém vai percorrer essa estrada para você,
Você tem que percorrê-la sozinho.
Não é tão longe assim... está ao seu alcance,
Talvez você tenha andado nela a vida toda e não sabia,
Talvez a estrada esteja em toda parte, sobre a água
e sobre a terra.
Pegue sua bagagem, eu pego a minha, vamos em frente;
Toparemos com cidades maravilhosas e nações livres
no caminho.
Se você se cansar, entregue os fardos, descanse a mão macia
em meu quadril,
E quando for a hora você fará o mesmo por mim;
Pois depois de partir não vamos mais parar.
(tradução de Geir Campos)
Texto original:
I tramp a perpetual journey,
My signs are a rain-proof coat, good shoes, and a
[ staff cut from the woods; 1200
No friend of mine takes his ease in my chair;
I have no chair, no church, no philosophy;
I lead no man to a dinner-table, library, or
[ exchange;
But each man and each woman of you I lead
[ upon a knoll,
My left hand hooking you round the waist,
My right hand pointing to landscapes of
[ continents, and a plain public road.
Not I—not any one else, can travel that road
[ for you,
You must travel it for yourself.
It is not far—it is within reach;
Perhaps you have been on it since you were born,
[ and did not know;
Perhaps it is every where on water and on land.
Shoulder your duds, dear son, and I will mine,
[ and let us hasten forth,
Wonderful cities and free nations we shall fetch
[ as we go.
If you tire, give me both burdens, and rest the
[ chuff of your hand on my hip,
And in due time you shall repay the same service
[ to me;
For after we start, we never lie by again.
&&&
Whitman, Walt. Folhas de Relva. Seleção
e tradução de Geir Campos. Ilustrações de
Darcy Penteado. Ed. Civilização Brasileira.
Rio de Janeiro, 1964.