SAUDADES EM RABISCOS
Dia preguiçoso. Corpo gripado. Mente cansada. Poluição.
Saudades tenho da roça, do vento leve, dos teus braços.
Nada me encanta, me sustenta o ego. Nem sorri meu coração.
Essas amarras do dia a dia... o vazio do lado... são meus cansaços?!
Corpo insatisfeito, procurando uma rede. Meus lábios querendo os seus.
Mãos jogadas ao abandono. Pernas rígidas sem vontade de mexer.
Um sonho fujão quevai longe buscar você que dormita nos véus
Da distância; tão inflamada dentro dos gemidos do meu viver.
Eu hoje estou nesse mormaço. Sensível a essa saudade doentia,
Segurando esse choro engasgado quase a me sufocar - meu amado.
Não se culpe por minha fraqueza! Esse é meu triste feitio,
Meu jeito de ser, de encarar a distância...meu eterno namorado.
DIONÉA FRAGOSO