SEMPRE TU
Entre a noite e o dia,
A cama desalinhada.
Revoltos os lençois.
O suor que me lambes-te,
A tua boca molhada.
Essa boca que me ama e
Desgraça.
Não sei o que senti. O que amei.
Se acordei, se dormi.
Os lençois estão aqui.
Também o meu corpo suado.
Enlaçado em teu seio, teu abraço
Como amarra
E essa tua boca,
Que não me larga.