Falácias

Um conto, um ponto,

um tanto e outro ainda,

a sua, a minha, a nossa,

história sempre infinda.

Um dedo, uma mão, uma luva,

a reta que vem depois da curva,

um caso, outro caso,

o descaso e a sorte nua.

O gueto, a vila, o beco,

e a vida assim nesse barbante,

e nada de vez nesse nada,

na fala da carta da cartomante.

Mas sou despojado de crendices.

.

do Livro Moinhos do Tempo...

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 30/10/2011
Reeditado em 16/08/2019
Código do texto: T3306595
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